sexta-feira, março 26, 2010
Sei lá... depende da vida.
quinta-feira, março 25, 2010
Earth Day 2010 - Apaga as luzes!
domingo, março 21, 2010
Dia Mundial da Água, 22 de Março de 2010
A Unicef, a Poesia e a Pobreza
quinta-feira, março 11, 2010
Sobre a (des)igualdade de oportunidades
quarta-feira, março 10, 2010
Prós e contras da Internet
segunda-feira, março 08, 2010
O bullying e o controlo das emoções
domingo, março 07, 2010
A humanidade instintiva nos animais
Conselhos para reduzir a pegada ecológica
- Coma menos carne de vaca, de porco e de carneiro
- Vá menos vezes aos restaurantes
- Coma menos produtos do dia
- Beba menos refrigerantes
- Coma mais fruta da época e, sempre que possível, produzida localmente
- Coma menos "comida de plástico"
- Mude para um frigorífico com melhor eficiência energética
- Coma peixe de mar e de rio, que não esteja em perigo de extinção
- Beba menos água engarrafada
- Faça compras na praça ao pé de si, prefira os produtos da sua região
sábado, março 06, 2010
Parabéns, João Henrique!
quarta-feira, março 03, 2010
O que é a educação - 02
Dedicatória
Um dia, há muitos anos,
uma menina estava na sala de aula a trabalhar e teve sede.
Pediu à professora que a deixasse ir beber água,
mas a professora, que constantemente a censurava
pelo seu fraco trabalho escolar, não deixou.
Outra menina, sua colega, concentrada no seu trabalho, levantou a cabeça
e deu atenção ao que se estava a passar entre a professora e a outra menina.
Ela era uma aluna com muito melhor aproveitamento que a menina que tinha sede.
Pouco depois, disse à professora que estava aflita
e pediu à professora que a deixasse ir lá fora fazer xixi.
Quando a menina voltou,
aflitivamente, tropegamente, coitadita!,
tentava conservar na concha das suas mãozitas,
umas gotas de água
que queria dar a beber à colega que tinha sede.
Essa menina, de mãos de fada,
que, naquele gesto, mostrou saber intuir
o mais profundo valor que a escola deve fazer existir,
é minha irmã.
A ela dedico este trabalho.
O que é a educação - 01
Aprendemos com os poetas que o sonho comanda a vida.
Não sei se Randy Pausch conhecia ou não os poetas da Língua Portuguesa. Seguramente na sua própria língua, outros poetas cantaram também o sonho.
Quando ele deu a sua última aula, verdadeiramente última porque ele sabia que ia morrer dentro de pouco tempo, intitulou-a "Conquistar os nosso sonhos de infância".
Da aula, registada em vídeo (ver aqui) ele depois fez um livro, onde juntou outras coisas.
Por exemplo, um pequeno capítulo que a seguir transcrevo a partir da edição portuguesa. Este capítulo, no meu entender, relata maravilhosamente, com muita clareza e simplicidade, a essência da educação, do que aos agentes educativos (pais, escola e educadores sociais) cabe, com lógica, amor e bom senso.
Nesse verão tinha ido acampar e, quando o módulo lunar poisou, fomos para a casa principal da fazenda, onde tinham ligado uma televisão. Os astronautas estavam a demorar muito tempo a organizar-se antes de poderem descer a escada e andar na superfície da lunar. Eu compreendia. Tinham muito equipamento, muitos pormenores a tratar. Eu era paciente.
Mas as pessoas que dirigiam o acampamento não paravam de ver as horas. Já passava das onze. Eventualmente, enquanto se tomavam decisões inteligentes na Lua, foi tomada uma idiota aqui na Terra. Era muito tarde. As crianças foram todas enviadas de volta às tendas para dormir.
Estava profundamente irritado com os directores do acampamento. O pensamento que me atormentava era o seguinte: «A minha espécie saiu do nosso planeta e aterrou pela primeira vez num mundo novo e vocês estão preocupados com a hora de deitar?»
Mas quando cheguei a casa, algumas semanas depois, descobri que o meu pai tinha tirado uma fotografia à nossa televisão assim que Neil Armstrong pisou a Lua. Tinha preservado o momento para mim, pois sabia que podia ajudar a desencadear sonhos em grande. Ainda temos essa fotografia num álbum.
Compreendo quem argumenta que os milhares de milhões de dólares gastos para colocar homens na Lua poderiam ter sido utilizados para combater a pobreza e a fome na Terra. Mas pronto, sou um cientista que vê a inspiração como derradeira ferramenta para fazer o bem.
Quando utilizamos o dinheiro para combater a pobreza, isso pode ser de grande valor, mas, com demasiada frequência, trabalhamos à margem. Quando se colocam pessoas na Lua, inspiramo-nos todos para desenvolver o nosso máximo potencial humano, que é como eventualmente os nossos problemas serão resolvidos.
Permitam-se sonhar. Alimentem também os sonhos dos vossos filhos. De vez em quando, isso pode significar deixá-los ficar acordados depois da hora de deitar.
(in A ÚLTIMA AULA, Randy Pausch, Editorial Presença, 2008, páginas 153-155)