Na edição do Público de hoje, na página 45 do caderno principal, vem um artigo de Carlos Fiolhais, professor universitário e reputado cientista que habitualmente gosto de ouvir e ler.
O artigo, que comenta, em tom crítico e em defesa dos mestres (os professores), o enredo de programa de televisão, começa assim:
"Jorge de Sena, depois de zurzir longamente o romance Domingo à Tarde de Fernando Namora, rematava assim: E concluamos com uma nota comprovativa da total isenção com que foi escrito este artigo: eu nunca li nenhum romance de Namora, e muito menos este de que me ocupei. De onde deve concluir-se que a diferença fundamental entre a literatura autêntica e a literatura de consumo está em que, para falarmos desta última, não é necessário lê-la. (...)"
Bem!... O autor do comentário cinéfilo, que falei no apontamento anterior, estará, decerto, ufanando-se com esta chancela de Mestre!...
Na verdade, com exemplos destes, vindos de quem se alcandorou acima de nós, que poderemos nós exigir de quem está ainda abaixo dessa elite sapientíssima?...
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