- "Será que a perfeição existe?"
A resposta foi unânime, mesmo que a força das convicções tenha variado: vamos todos empenhar-nos em reconhecer para nós e mostrar aos outros que a perfeição estará ali entre nós, na sala de aula, ao longo do ano de trabalho que agora iniciámos.
No fim da aula, mesmo antes do toque de saída, foi Miguel Torga que deixou ditas as últimas palavras. Foram estas, a desafiar-nos para o prazer de aprender, num constante e entusiasmante diálogo entre todos, os alunos e o professor; e os outros professores:
INSTRUÇÃO PRIMÁRIA
Não saibas: imagina...
Deixa falar o mestre, e devaneia...
A velhice é que sabe, e apenas sabe
Que o mar não cabe
Na poça que a inocência abre na areia.
Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões...
Um a-bê-cê secreto
Que soletres à margem das lições...
Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te sorria!
Asas? Não são precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia...
Deixa falar o mestre, e devaneia...
A velhice é que sabe, e apenas sabe
Que o mar não cabe
Na poça que a inocência abre na areia.
Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões...
Um a-bê-cê secreto
Que soletres à margem das lições...
Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te sorria!
Asas? Não são precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia...
Para primeira aula, gostei muito :)
ResponderEliminarBeijinhos
Gosto de ouvir isso, Inês. Obrigadinho! Vou esforçar-me para fazer mais algumas aulas assim.
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