Nos dias 7 e 8 de Setembro, na Amora e no Seixal.
Inscrição grátis na Junta de Freguesa da Amora (jfamora@jf-amora.pt).
De vez em quando, há coisas que parecem ter-se tornado muito claras para nós na nossa cabeça. E parece-nos também que terão algum interesse para as outras pessoas.
Nos dias 7 e 8 de Setembro, na Amora e no Seixal.
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«Não é importante se as pessoas acreditam ou não em Deus; o que conta é como tratam os outros homens.», era o que Hans Rosling ouvia, em criança, aos seus pais. Quase seguramente, na década de 50 do séc. XX, na Suécia.
(Hans Rosling, "Como Aprendi a Compreender o Mundo", p. 21. Temas e Debates, Lisboa, 2021)
Quando o meu pai voltava para casa do trabalho, à noite, cheirava sempre a café. Trabalhava na torrefação Lindvalls Kaffe em Uppsala. Foi assim que aprendi a gostar do cheiro do café muito antes de começar a bebê-lo. Muitas vezes ficava na rua à espera que ele chegasse do trabalho, a vê-lo aproximar-se de bicicleta pela rua fora. Ele saltava da bicicleta, vinha abraçar-me e eu fazia-lhe sempre a mesma pergunta: «Encontraste alguma coisa hoje?»
© Shutterstock Quando os sacos de grãos verdes de café chegavam para a torrefação, eram despejados para um tapete rolante e, em primeiro lugar, havia a triagem por um potente íman. O objectivo era remover quaisquer objectos metálicos que pudessem ter ido parar ao saco durante o processo de secagem e embalamento. O meu pai trazia-os para casa, dávamos e contava-me uma história sobre cada um deles. As histórias eram emocionantes.Às vezes trazia uma moeda. «Olha, esta é do Brasil», dizia ele. «O Brasil produz mais café do que qualquer outro país.»O meu pai deixava-me sentar no colo dele, abria o atlas do mundo à nossa frente e começava a contar a história: «É um país grande e muito quente. Esta moeda apareceu dentro de um saco que veio de Santos», explicava ele, apontando para a cidade portuária brasileira.E descrevia os homens e mulheres trabalhadoras, elos na cadeia que terminava com pessoas na Suécia a bebericar o seu café. Cedo percebi que quem apanhava o café era quem ganhava menos.
WALES "once upon a time in the greenest lands" from Ricardo de Sousa on Vimeo.
ESCOLHER ENTRE DUAS ALTERNATIVAS: alternativa 1: viajar por Gales, à aventura, à descoberta, sem agência de viagens, como fez esta malta; alternativa 2: chamar o Ricardo de Sousa para fazer das nossas aventuras (sejam elas onde sejam) reportagem - extraordinária! - igual à que fez da sua.