quarta-feira, julho 02, 2025

#TOLERÂNCIA185 - TOLERÂNCIA, MAIS NECESSÁRIA QUE NUNCA

 #TOLERÂNCIA185 - TOLERÂNCIA, MAIS NECESSÁRIA QUE NUNCA

Encontrei há pouco na Net um texto com o título "Why tolerance is needed today like never before." Antes de o ler, não fosse o texto ser uma espécie de expressão catártica dum estado de alma (para que não tenho, nesta altura da peregrinação, motivação nem pachorra), fui indagar acerca do autor, um tal Roger Selway, que não conheço de lado nenhum.

O espaço de publicação (https://medium.com/) parece ser um espaço de publicação aberto a quem nele queira escrever, como há vários em português (do tipo dos "A Estátua de Sal" e "Escrever é Triste). Rendi-me imediatamente à apresentação que o senhor faz dele mesmo: «Olá, recentemente reformado do ensino na área dos 16+ anos de idade. Ensinei uma vasta gama de disciplinas de ciências sociais. Agora quero aventurar-me em novas aventuras.» Diz que tem 69 anos. Eh, eh, eh, á ocupação profissional é a que tenho também; na idade e na reforma só está um bocadinho à minha frente.

Sim senhor!, fiquei convencido a ler o texto, vou traduzi-lo para aqui (como habitualmente, para ser mais rápido, com a ajuda do Deepl.com):

"Porque é que a tolerância é necessária hoje como nunca antes."

«Esta é a minha primeira tentativa de escrever um artigo para o Medium, por isso, por favor, sejam tolerantes comigo — pois é sobre este assunto que quero escrever. Cheguei à conclusão de que a resposta a muitos dos “desafios” da vida é que todos nós precisamos de praticar um pouco de tolerância: isto é, a: "vontade de aceitar sentimentos, hábitos e crenças que são diferentes dos nossos” (www.britannica.com). Diria também que isto precisa de ser feito desde o nível pessoal até ao nível de toda a sociedade.

»Nível individual.

»Então, porque é que nos é tão difícil aceitar que todos nós podemos agir de forma diferente? Será devido às pressões da vida quotidiana: no trabalho, em casa, questões pessoais, o que os meios de comunicação social nos dizem? Há muitas razões.

»Todos nós já vimos o vermelho e tivemos vontade de explodir de raiva. Normalmente, é por causa de algo muito mundano. Para mim, um exemplo típico é quando estou a conduzir e o meu lado da estrada está livre, mas os condutores que vêm na minha direcção estão bloqueados por causa de carros estacionados. Costumava ter o potencial de se transformar na minha própria versão do tiroteio do

lendário Curral O.K.; não tanto sobre quem ia sacar primeiro, mas sobre quem ia ceder primeiro; se fossem eles, então eu poderia reconhecê-lo com um aceno paternalista; se fosse eu, então eu ficaria a olhar para eles enquanto lançava suspeitas sobre a sua ascendência! Por isso, nos últimos tempos, tenho-me perguntado: "Valeu a pena ficar tão exasperado com isto?" Todos sabemos a resposta: “Não”. Basta praticar um pouco de tolerância, manter a calma, lidar com a situação e simplesmente seguir em frente, afinal de contas o sol não vai cair do céu!

»Posso sugerir que o primeiro passo no caminho para a tolerância é desenvolver um sentido de distanciamento de qualquer que seja o problema — permitindo assim a criação de uma imagem muito mais ampla, que, com um elevado grau de “sanidade”, possamos reflectir e lidar calmamente com ele. Se se trata de lidar com os outros, então que tal cultivar um certo grau de empatia? Podemos não gostar ou concordar com eles, mas se conseguirmos perceber de onde vêm, estaremos numa posição mais forte para compreender porque estão a agir assim. A partir deste sentido de compreensão, deveria ser possível iniciar o processo de evolução da capacidade de os tolerar e não querer rasgá-los emocionalmente, e muito menos fisicamente!

»Dito isto, penso que a tolerância é 100% necessária a nível nacional e internacional. Sei que isto pode soar um pouco a “tarte no céu” [em português, "uma ilusão"], mas vejam o estado actual das coisas a estes níveis macro! Veja-se o nosso sistema de governação, que, no seu cerne, assenta em bases adversárias — ou se é totalmente a meu favor ou contra mim -— e parece não haver meio-termo. Parece que estamos a ir além das tribos da política partidária e a caminhar para a anulação pura e simples de todas as formas de oposição! Isto numa altura em que, a todos os níveis da sociedade, temos de enfrentar questões de tal magnitude que ameaçam a nossa sobrevivência colectiva: o ambiente, o aquecimento global, o terrorismo internacional, e a lista continua! Não consigo pensar num conjunto de razões maior do que estas para reconhecer que a única forma de evitarmos estas catástrofes é desenvolvermos um sentido de tolerância uns com os outros a todos os níveis da sociedade e, assim, fomentarmos um clima de cooperação mútua.

»Escrevendo de um ponto de vista pessoal, gostaria de terminar com uma tentativa de sugestão. Como britânico que adora visitar os Estados Unidos, especialmente conhecer os seus habitantes, mas que vê que cada um deles tem profundas divisões entre si, um incentivo forte e muito parcimonioso para nos tornarmos mais tolerantes com os nossos compatriotas seria começarmos a pôr o “United” de novo no Reino Unido e nos Estados Unidos da América. Agradeço a vossa tolerância e a oportunidade que me dão de desabafar.»(1)

Sim, gostei de ler o texto: simples, despretensioso, claro, de tom bem-humorado; e em boa sintonia com o que tem sido a ambiência dominante desta viagem. Cá está a compreensão... a aceitação... a empatia... as diferenças... o reconhecimento do outro... os limites...

Por um bocadinho lembrei-me do padre Ray Kelly no Britain Got Talent, quando ele acabou de cantar a dizer em jeito de lema de acolhimento: «You're not alone...» [Tu não estás sozinho]

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(1) https://medium.com/@roger.selway/why-tolerance-is-needed-today-like-never-before-a641693cbe8e

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