#TOLERÂNCIA316 - E A SOLUÇÃO É A EDUCAÇÃO
Ainda não tinha avançado por caminhos que me levassem ao que acerca da Tolerância se diz, nos dias que correm, em alemão. As facilidades de busca e de chegada, seja onde seja, na Internet, são cada vez maiores.
Hoje encontrei um texto interessante, daqueles em que se vê uns aos olhos dos outros. Neste caso, um jornalista alemão a falar dos franceses; e duma muito importante experiência de educação social: aconteceu uma tragédia e a resposta foi um projecto de educação.
O artigo, da edição de hoje do jornal "Süddeutsche Zeitung"de hoje, do jornalista germano-francês Nils Minkmar, titula "Deixa-te abraçar." E logo a seguir subtitula: "Dez anos após os atentados islamistas em Paris, os franceses recolheram-se à sua vida privada. Aí, são inundados por programas de debate que anunciam o fim dos tempos. Mas também há consolo e ajuda."
A meio da terceira parte do artigo, o autor (jornalista e historiador) escreve assim: «Também os socialistas sob François Hollande desiludiram. Não tinham conseguido impedir os atentados de 2015 e,
sobretudo, faltaram-lhes, no período posterior, ideias políticas para desenvolver, a par da repressão constante, uma prevenção abrangente. Uma boa resposta aos atentados teria sido uma nova política urbana, um urbanismo político que bloqueasse as vias de recrutamento dos jihadistas. Embora a sua ideologia seja de origem globalizada e transmitida digitalmente, os jovens terroristas vêm dos subúrbios de França, por vezes da Bélgica. Um plano nesse sentido, elaborado pelo popular político socialista Jean-Louis Borloo, dorme há anos numa gaveta do Eliseu.»Em vez disso, o então Presidente da República, François Hollande, lançou-se no endurecimento das regras sobre a dupla nacionalidade. Assim, os terroristas deveriam poder perder a sua cidadania francesa — mas, para tipos que matam em massa frequentadores de concertos e cafés e procuram, com um colete explosivo, uma glória póstuma como mártires, a perda da cidadania talvez não seja algo particularmente determinante. Uma obra educativa e esclarecedora como a de Latifa Ibn Ziaten(1), mãe de uma vítima do terrorismo islamista (o filho foi uma das vítimas do atentado em Toulouse em 11 de Março de 2012), que visita as escolas dos subúrbios para falar sobre Islão, violência e tolerância, continua a ser uma excepção.»
A Educação como excepção?... Seja, mas que não se desista da Educação. A Educação é o caminho que vale sempre a pena.
O documentário de Latifa Ibn Ziaten teve lançamento público em 4 de Outubro de 2017. Vou tomar nota. Um dia vou visitá-lo. Passaram 8 anos, quero saber se foi excepção ou semente.
(1) Latifa Ibn Ziaten é uma ctivista franco-marroquina de 61 anos (publicado em 11/15/2022). Trabalhou no domínio da luta contra o extremismo e da promoção da tolerância. Tornou-se instantaneamente conhecida após um trauma profundo em 2012, quando perdeu tragicamente o seu filho, soldado do exército francês, num atentado terrorista perpetrado por um francês de origem argelina. Esse acontecimento despertou nela uma determinação firme em dedicar-se seriamente à luta contra o extremismo em França e noutros países, combatendo a intolerância ideológica e todas as formas de discriminação baseadas na religião, na raça, na língua, no género ou na cor, e promovendo a cultura do diálogo, da convivência e da harmonia. Em poucos anos, passou de mãe enlutada a ícone da tolerância e da luta contra o extremismo. (https://www.imctc.org/en/eLibrary/Magazine/Topics/Pages/topicM15112022.aspx)
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