domingo, dezembro 28, 2025

#TOLERÂNCIA364 - "ET PUR SI INTOLERANTIA MALA CRESCIT."

 #TOLERÂNCIA364 - "ET PUR SI INTOLERANTIA MALA CRESCIT."

Bem espero que a minha fonte na Internet saiba mais latim do que eu. Pedi-lhe para escrever, inspirando-me na clássica afirmação que é atribuída a Galileu Galilei, "E no entanto a tolerância negativa cresce."

Lembrei-me da afirmação de Galileu Galilei a propósito da notícia da edição de hoje do Jornal de Angola, que tem por título "Obra do árbitro internacional, "Livro promove debate sobre valores sociais", sendo autor o jornalista Armindo Pereira (na página 29).

«O árbitro internacional angolano de basquetebol António Samuel pretende acrescentar valor ao debate em torno da ética desportiva com a obra intitulada "Entre Linhas e Regras" lançada oficialmente, ontem, num acto realizado no anfiteatro da Federação Angolana de Basquetebol (FAB),

em Luanda.

»Marcado por reflexões profundas sobre ética, autoridade e convivência no desporto e na sociedade, falando durante a cerimónia, António Samuel explicou que o livro, sendo dirigido ao público em geral, com especial enfoque em jogadores e treinadores de basquetebol, a obra nasce da sua inquietação
face à crescente normalização da intolerância no meio desportivo e à dificuldade em aceitar o erro.

»Na obra retratada em 99 páginas, o árbitro questiona a urgência em julgar sem compreender, vencer sem respeitar e responsabilizar sempre terceiros, atitudes que, no seu entender, fragilizam não apenas o desporto, mas também a vida em comunidade.»

"Normalização da intolerância [negativa]", não, não pode haver tolerância para tal. "dificuldade em aceitar o erro", pois, é preciso educar a aceitar o erro.»

Fica-me a apetecer ligar esta publicação angolana à publicação da portuguesa "Move-te por Valores", e à exposição "Move-te por Valores!". Sim, vou tentar fazer essa ligação, há muito que sabemos que juntos somos mais fortes. Depois virei aqui dar notícias do meu esforço.

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sábado, dezembro 27, 2025

#TOLERÂNCIA363 - TOLERÂNCIA E 'STRESS'

 #TOLERÂNCIA363 - TOLERÂNCIA E 'STRESS'

O pensamento é simples: se nos sentirmos bem no nosso corpo, a nossa mente também se sentirá bem; se mentalmente nos sentirmos bem, seremos certamente mais tolerantes.

A ideia de ligar o estado dos intestinos ao estado da mente não é nova, mas há épocas em que coisas velhas se vestem de roupas novas e tornam-se mais visíveis e atractivas para gentes também novas.

A conclusão na geografia desta viagem é simples: a educação da tolerância passa também pela educação do corpo, da saúde do corpo.

O texto que reproduzo encontrei-o na edição de hoje do Diário de Coimbra e foi escrito por Maria José Temido, gastroenterologista no Hospital CUF Coimbra e no Hospital CUF Viseu. Tem como título "Ansiedade e Intestino: uma ligação que não podemos ignorar".

«Quase todos conhecemos a sensação: um momento de 'stress' e, de repente, o intestino reage. Mas o que acontece quando estes sintomas deixam de ser pontuais e começam a interferir com a rotina? Quando nada do que tomamos melhora o desconforto? Ou quando nos apercebemos de que a

ansiedade piora os sintomas intestinais? Será que o nosso intestino alimenta a ansiedade?

»A ciência responde cada vez com mais clareza: o intestino e o cérebro comunicam intensamente entre si e alterações num influenciam o outro. Não somos um conjunto de órgãos independentes, mas um sistema integrado onde tudo está ligado.

»O tracto gastrointestinal e o cérebro formam aquilo a que chamamos eixo intestino-cérebro — uma rede de comunicação que utiliza nervos, hormonas, substâncias químicas e até as bactérias que vivem no intestino. Esta ligação explica porque sintomas emocionais podem ter reflexo directo no aparelho digestivo. Os estudos mostram que esta relação é muito comum. Cerca de 30 a 40% das pessoas com queixas digestivas, como dor abdominal, distensão, diarreia ou obstipação, têm também ansiedade significativa, e cerca de 25% apresentam sintomas depressivos. E a relação é bidireccional: a ansiedade aumenta o desconforto intestinal e os sintomas digestivos persistentes aumentam a ansiedade. Cria-se um ciclo que pode comprometer o bem-estar e a vida social.

»O 'stress' também desempenha um papel central. Quando estamos sob pressão, o organismo liberta hormonas como o cortisol e a adrenalina, que podem acelerar ou abrandar o trânsito intestinal, aumentar a sensibilidade à dor e tornar o intestino mais reactivo. Pelo contrário, alterações no intestino — como inflamação leve ou desequilíbrio da microbiota — podem influenciar o humor, reduzir a tolerância ao 'stress' e intensificar a percepção de dor.

»Por isso, tratar apenas o órgão que dói, muitas vezes, não basta. Num problema que resulta da interacção entre vários sistemas, a abordagem tem de ser global. Isso inclui avaliar hábitos de vida, sono, alimentação, níveis de 'stress', saúde mental e actividade física. Intervir nestas áreas pode aliviar os sintomas digestivos e, ao mesmo tempo, melhorar a saúde emocional.

»Compreender esta ligação não é apenas uma curiosidade científica. É um passo fundamental para uma medicina mais humana e mais eficaz — e para devolver às pessoas aquilo que procuram acima de tudo: uma vida melhor.»

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#TOLERÂNCIA362 - DEMOCRACIA E TOLERÂNCIA

 #TOLERÂNCIA362 - DEMOCRACIA E TOLERÂNCIA

A edição de hoje do Expresso traz um artigo de opinião que merece discussão atenta. Atenta e tolerante. A autora é a jurista constitucionalista Teresa Violante. O título do artigo é "A democracia que se defende".

«O Tribunal Cível de Lisboa ordenou a André Ventura a remoção de cartazes que atacam a comunidade cigana. O candidato presidencial já classificou a decisão como um ataque à liberdade de expressão. Terá razão? A resposta curta é: não. A jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos é clara. Em ‘Féret c. Bélgica’ (2009), o TEDH considerou legítima a condenação criminal de um político por panfletos eleitorais que estigmatizavam imigrantes, sublinhando que os políticos têm um dever acrescido de evitar discursos que fomentem a intolerância. A jurisprudência é particularmente relevante quando se trata da comunidade cigana. Em ‘Boudinova e Chaprazov c. Bulgária’ (2021), o Tribunal condenou a Bulgária por falhar na protecção de cidadãos roma contra declarações públicas de um político de extrema-direita.

»A liberdade de expressão política, embora ampla, não protege generalizações discriminatórias dirigidas a grupos étnicos. Mais: o artigo 17.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos exclui da protecção discursos manifestamente contrários aos seus valores — a chamada cláusula de abuso do

direito.

»A decisão da juíza Ana Barão inscreve-se nesta lógica: cartazes que “agravam o estigma e o preconceito” contra uma minoria étnica, fomentando “intolerância, segregação, discriminação e, em última análise, ódio”, situam-se fora do âmbito protegido da liberdade de expressão. Não se trata de censurar críticas políticas ou opiniões incómodas. Trata-se de reconhecer que a democracia pode — e deve — defender-se de quem instrumentaliza as suas liberdades para minar a igual dignidade de todos.

»Karl Loewenstein cunhou o conceito de “democracia militante” nos anos 30, ao observar como a democracia de Weimar sucumbiu por se recusar a combater movimentos que usavam instrumentos
democráticos para destruí-la. A lição histórica é clara: a tolerância ilimitada do intolerante conduz à destruição da tolerância.

»Mas a democracia militante comporta riscos. O primeiro é a vitimização: Ventura explorará esta decisão como prova de que o “sistema” o persegue, reforçando a narrativa ‘anti-establishment’ que alimenta o seu eleitorado. O segundo é a tentação de reduzir a defesa democrática a proibições judiciais, esquecendo que os tribunais tratam sintomas, não causas.

»O Chega não surgiu no vazio. Surgiu num país onde o fosso entre Portugal urbano e interior se alarga, onde a classe média se sente pressionada, onde muitos encaram, com apreensão, mudanças que não compreendem. A democracia não se defende apenas nos tribunais. Defende-se com políticas que respondam às necessidades reais que os populistas exploram — habitação, saúde, segurança e integração.

»A democracia que se defende nos tribunais pode ganhar batalhas. Mas só a política conseguirá ganhar esta guerra.»

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sexta-feira, dezembro 26, 2025

#TOLERÂNCIA361 - PRESIDENTE APELA A MAIOR TOLERÂNCIA

 #TOLERÂNCIA361 - PRESIDENTE APELA A MAIOR TOLERÂNCIA

Assim que li o título e o subtítulo da capa do Jornal de Notícias, ri-me a perguntar-me a mim mesmo se o senhor Presidente Marcelo Rebelo de Sousa anda a ler os apontamentos desta minha viagem, que, é verdade, está quase a chegar ao fim.

"Marcelo quer fim de «novos muros» e lamenta «pobreza com envelhecimento imparável». Na habitual mensagem de Natal para o JN, o presidente da República evoca Jorge Sampaio e apela a maior tolerância." O senhor Presidente da República, digo-o com o mesmo espírito de abertura e tolerância

que tive há poucos dias com socialista Alexandra Leitão, merece que eu guarde nesta viagem a sua mensagem de Natal, que é, afinal, também uma mensagem de despedida, tal como era a de Alexandra Leitão.

Título: "Os nossos muros ou a lembrança de Jorge Sampaio"

«Todos os Natais, os cristãos acreditam mais na sua fé e todos, cristãos, outros crentes e não crentes, vivem a família, o encontro, o reencontro, a partilha possível para cada uma e cada um. Diferentes. Que não há duas pessoas iguais. E muitos de nós recordam — na sua solidão ou no meio dos abraços e beijos de Natal — aquelas e aqueles que não têm Natal, nunca tiveram e nunca terão. Porque a miséria, a guerra, a morte, a doença ou a distância dos seus entes queridos toldam de uma tristeza, saudade, melancolia, dor, a alegria, mesmo se só possível, de um tempo de esperança.

»As televisões recordam os que sofrem na Ucrânia, no Médio Oriente, no Sudão. Mais raramente, os que nasceram, vivem e morrem sem nunca ninguém saber que existem e quem são. Ainda assim, no Natal há quem pare um minuto para não se esquecer desses milhares de milhões sem Natal, ou milhões para quem o Natal em guerra passou a ser um modo de viver o Natal. Este ano, não sei porquê, lembrei-me de Jorge Sampaio. Estávamos em 1989. E concorríamos os amigos já antigos, filhos de pais amigos já antigos, à Câmara de Lisboa. Caiu o muro de Berlim. E eu sublinhei esse momento decisivo na História contemporânea e que viria a substituir as duas superpotências de décadas pelas duas superpotências de hoje, com a que deixou de o ser a nunca desistir do sonho do que fora. E converti o momento, em sinal para o futuro, também de Portugal.

»Aí, Jorge Sampaio respondeu a essa minha chamada de atenção diria de razão na mudança no Mundo, mas, igualmente, conveniente como arma eleitoral com um comentário muito simples e muito poderoso — "mais importantes do que o muro de Berlim são os muros que existem na nossa terra". Não garanto o rigor dos termos, mas ideia era essa. E, este ano, este Natal, lembrei-me de Jorge Sampaio e da sua frase, obviamente eleitoral, mas, essencialmente, justa e certeira. Quase quarenta anos depois, Natal que ignore os muros de Berlim de hoje, os de lá de fora, os das guerras, ódios, disputas, pobrezas do Mundo, não é Natal, nem é nada. Porque, mais do que nunca, somos um só planeta, um só Mundo, uma só Humanidade.

»Os muros dos outros são os nossos muros. As fronteiras, as opressões, os sofrimentos dos outros, são as nossas fronteiras, opressões, sofrimentos. E as suas esperanças, ainda que muito vagas, muito ténues, muito precárias, são s nossas esperanças. Para já o cessar-fogo no Médio Oriente, na Palestina, em Gaza. Ainda não na tão mais próxima Ucrânia.

»Eu tinha razão ao falar no muro de Berlim. Nos muros lá de fora, que são cá de dentro. Inevitavelmente. Só que Jorge Sampaio tinha razão ao evocar os muros nascidos e agravados cá dentro. E que, alguns deles, não pararam de se agravar.

A pobreza já foi mais grave e já foi menos grave. Mas nunca deixou ser grave demais para o todo nacional que somos. Antigos muros caíram. Novos muros se ergueram. Pobreza com envelhecimento colectivo imparável. Menos jovens a ficarem e mais gerações antigas a entrarem em becos sem saída. Mais leis a prometerem melhor futuro com mais abertura, tolerância, paz, segurança e, ao mesmo tempo, mais medos, reais ou imaginários, mas todos vividos como reais, a convidarem a mais muros, muros mais altos, tão altos que não se veja nada senão muros. Foi assim, veio-me à memória a frase de Jorge Sampaio, este ano, este Natal. Quer isto dizer que deixemos de estar atentos aos muros lá de fora? Claro que não. Eles são ou serão, mais dia menos dia, nossos. Quer isto dizer que desanimemos, desistamos da esperança, sempre, e, em especial, no Natal? Claro que não. Há muros que podem ser difíceis de demolir. Porém, não são impossíveis. Quer isto dizer que percamos a esperança neste Natal, e fora dele e sempre? Claro que não. Umas vezes, ajudamos a derrubar muros. Outras, fracassamos. E o mais avisado talvez seja, neste Natal, revermos o rol dos muros mais urgentes de superar. Sem respondermos a um muro com outro muro. Que os muros tendem a alimentar-se de outros muros. E isso não cria esperança, alimenta condomínios fechados de egoísmos em que só alguns têm direito ao Natal.»

O Jornal de Notícias, na página a seguir diz que o senhor Presidente Marcelo já tinha falado na Tolerência no discurso de Natal de 2024 e cita-o assim; «A liberdade determinando diversidade de ideias, pluralismo de modos de pensar e agir, tolerância, aceitação da diferençа, recusa do monopólio da verdade. A igualdade exigindo a superação das discriminações injustas, os guetos, as exclusões, a perpetuação da pobreza de geração para geração».

Tive uma ideia! Vou fazer um jogo de dinâmica de grupo em que cada participante tem um muro à sua frente. O objectivo será o de que os jogadores sejam capazes de derrubar o maior número possível de muros. Depois partilho o jogo aqui.

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quarta-feira, dezembro 24, 2025

#TOLERÂNCIA360 - A TOLERÂNCIA E OS LÍDERES POLÍTICOS E RELIGIOSOS

 #TOLERÂNCIA360 - A TOLERÂNCIA E OS LÍDERES POLÍTICOS E RELIGIOSOS

A véspera de Natal está cheia de mensagens de Paz, Amor e Fraternidade. Fiz umas buscas na Net e confirmei o que apontei na estação de ontem: Tolerância é praticamente só a de ponto. E esta já é muito boa! É que as pessoas andam a trabalhar demais, há muito que em intensidades que não são amigas da saúde mental, do bem-estar pessoal e do salutar convívio das pessoas umas com as outras e com as coisas das culturas humanas.

Os 'chatbots' desenrascaram-se com o pedido que fiz a vários deles e disseram-me (sim, vários) que não tinham praticamente nada, mas que os tais discursos dos líderes políticos e religiosos que eu queria falavam dos "pilares da tolerância".

Para já, em jeito de parêntesis, posso dizer que 2 dos 'chatbots' "corrigiram-me" e disseram-me que não existe nenhum papa Leão XIV, o último Leão foi XIII e o actual papa se chama Francisco, eh, eh, eh...

Voltando aos pilares, mais uma vez o Gemini (que foi um dos que me disse que o actual Papa se chama Francisco, mas eu, tolerantemente, corrigi-o) foi o que me deu a resposta que mais me agradou. Vou resumi-la, para o escrito não ficar muito grande.

Curiosamente, os autores mais destacados pelo Gemini (e por outros 'chatbots') foram o Papa Leão XiV (já disse, com as minhas correcções!) e... pois é, o Jorge Pinto, candidato presidencial pelo Livre.

Quanto aos pilares, o Gemini resumiu-os falando em "diversidade" e "alteridade"; "Portugal da diversidade e da pluralidade", "todas as cores", "fazer as pazes"; "alteridade" E O Gemini remata que «Estes pilares sugerem que a tolerância, no contexto actual, deixou de ser apenas "suportar o outro" para se tornar uma acção ativa de construção social», que tem 4 pilares: o Pilar da Alteridade (Reconhecimento da Dignidade), o Pilar do Pluralismo e da Inclusão (Diversidade como Activo), o Pilar da Coexistência Democrática (A "Paz no Dia Seguinte") e o Pilar do Acolhimento (Combate à Indiferença).

São estimulantes estas coisas dos 'chatbots', estimulantes porque nos ajudam a pensar, é claro, temos de ser sábios a usá-los. De resto, mais uma vez consegui coleccionar material para uma boa sessão de trabalho de grupo sobre a Tolerância. Valeu a pena a busca na Net; e, como disse, deu também para voltar a lembrar o cuidado que temos de ter com as "certezas" e as "verdades" da Inteligência Artificial. Ainda virá o dia em que a IA se justificará, tentando dar mostras de humor (para já, não tem nenhum, o humor é demasiado humano), dizendo-me que «Errar é humano», eh, eh, eh.

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terça-feira, dezembro 23, 2025

#TOLERÂNCIA359 - A TOLERÂNCIA NUM DIA ESPECIALMENTE EXIGENTE

 #TOLERÂNCIA359 - A TOLERÂNCIA NUM DIA ESPECIALMENTE EXIGENTE

Que dia o de hoje!... "Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita" é um ensinamento bíblico de Jesus (Mateus 6:3-4). Como tantas vezes tenho dito, não sou crente em Deus, mas a influência da educação, directa e indirecta que recebi, está cá. Bronfenbrenner falaria em microssistema, mesossistema e macrossistema.

Estou carregadíssimo, hoje, de razões para dizer bem de mim e da min ha relação com o Mundo. Não é fácil, por exemplo, pôr em palavras os sentimentos que se cruzam dentro de nós quando tomamosconsciência de que, embora a grande distância, durante horas e horas se foi capaz de gerir a tensão, a espada por cima da cabeça de alguém, e tudo acabar em paz: conseguimos que uma vida voluntariamente determinada a terminar fora de tempo não o fizesse. E esta tensão difícil misturada com mais uma mão cheia de outras. Há dias assim.

Fico com a curiosidade de ler este escrito daqui a um ano: é que penso que, se não fosse a aprendizagem da tolerância a que a mim próprio me dediquei ao longo deste ano, muito dificilmente suportaria com o sereno estado de espírito quer sempre encontrei em mim as coisas que fiz hoje — com familiares, com amigos, com pacientes.

É verdade, estou absolutamente convicto de que vale a pena a aprendizagem da tolerância. Para que tal aconteça, temos mesmo que nos dedicar a ela, dia-a-dia. Hoje sei que vale a pena; e que se consegue.

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segunda-feira, dezembro 22, 2025

#TOLERÂNCIA358 - TOLERÂNCIA E NATAL

 #TOLERÂNCIA358 - TOLERÂNCIA E NATAL

Hoje aproveitei — inesperadamente, tive uma folga de tempo — para, digamos, brincar um pouco: cheguei-me aos 'chatbots' e perguntei-lhes o que encontravam eles por aí que relacionasse Tolerância com Natal.

Perguntei ao Gemini, ao AskGPT, ao ChatGPT, ao Perplexity.AI e ao DeepSeek. Por esta ordem. Os que, aparentemente, menos se esforçaram foram o AskGPT e o ChatGPT, pelo menos tendo em conta o tamanho do texto e também, é verdade, o conteúdo. O DeepSeek foi o que mais escreveu, a seguir foi o Perplexity.Ai. A melhor resposta, a que mais me agradou, a que mais nos faz pensar, foi a do Gemini. Vou escrevê-la a seguir, integralmente. O pedido era este: "Quero saber se agora na época de Natal, no mundo inteiro, há mais notícias a falarem da tolerância do que no resto do ano. Responde em português de Portugal."

«A resposta curta é: provavelmente não. Na verdade, se analisarmos as notícias em Portugal, a palavra "tolerância" aparece muito mais nesta época, mas não com o sentido moral que estás à espera.

»Aqui está o que realmente acontece nas notícias durante o Natal, distinguindo a realidade dos factos da nossa percepção emocional:

  1. O "Falso Positivo" Português: "Tolerância de Ponto"
    Em Portugal, há um pico enorme de notícias com a palavra "tolerância" em Dezembro, mas refere-se quase exclusivamente à "tolerância de ponto" (a dispensa de trabalho para a função pública).

»Se pesquisares agora por "tolerância" nos jornais portugueses, a vasta maioria dos resultados será sobre os despachos do Governo para os dias 24, 26 ou 31 de dezembro, e não sobre aceitação ou respeito pelo próximo.

  1. A Palavra Real [no sentido de acção concreta], do Natal é "Solidariedade" (não Tolerância)
    Os 'media' e os discursos oficiais (do Papa, do Presidente da República, etc.) mudam de facto o tom, mas a palavra-chave não costuma ser "tolerância". As palavras que estatisticamente
    dominam a época são:

»Solidariedade: Campanhas de recolha de alimentos, apoio aos sem-abrigo e donativos.
Paz/Reconciliação: Especialmente em mensagens religiosas (como a 'Urbi et Orbi' do Papa) ou sobre conflitos internacionais (Gaza, Ucrânia).
Consumo/Preços: Este ano, em particular, muitas notícias focam-se na inflação, no preço do bacalhau e nas compras.

  1. Quando é que se fala mais de Tolerância?
    Curiosamente, é provável que haja mais notícias sobre "tolerância" (no sentido moral) em novembro do que no Natal.

»Isto acontece porque o Dia Internacional da Tolerância celebra-se a 16 de Novembro. Nessa data, há uma concentração real de artigos, 'workshops' e discursos focados especificamente nesse tema, algo que no Natal se dilui em mensagens mais genéricas de "amor ao próximo".

»Resumo da Análise
Embora tenhamos a sensação de que o mundo fica mais "tolerante" no Natal, as notícias não reflectem necessariamente isso. O jornalismo tende a focar-se no caos das viagens, no consumo e, no caso português, na burocracia das folgas. A "tolerância" é um tema de fundo, mas raramente é a manchete principal.»

Gostei do que li. Alarga-nos o pensamento sobre as coisas, não é?

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domingo, dezembro 21, 2025

#TOLERÂNCIA357 - DEIXEM O NATAL SOSSEGADO. NÃO, NÃO DEIXEM!

 #357 - DEIXEM O NATAL SOSSEGADO. NÃO, NÃO DEIXEM!

Quem diz para deixarem o Natal sossegado é o jornalista Rodrigues Guedes de Carvalho, no artigo de opinião que publica na edição desta semana. Se não foi ele que escolheu o título "Deixem o Natal sossegado", foi alguém por ele, não sei. O que eu sei é que quem diz para não deixarem o Natal sossegado sou eu, sou eu sim senhor. Eu acho que o que RGC quer dizer é «Deixem o Natal em paz, sosseguem no Natal, celebrem o Natal…», e concordo com ele.

Escreve assim o jornalista, depois dos primeiros parágrafos, em que fala da sua própria experiência pessoal, em criança, com os seus amigos, um deles judeu e outros duma família hindu:

«Depois deste intróito se perceberá melhor a dimensão do meu espanto quando esta semana li a resposta de uma escola a uma mãe que estranhou a ausência de enfeites de Natal na escola da filha. Nem uma árvore, por pequena que fosse, nem uma estrelinha. Nem a versão pagã e comercial do Pai Natal e renas. Explica a escola que “a decisão de não utilizar cenários natalícios procurou respeitar toda a comunidade escolar, reconhecendo tanto as famílias que celebram o Natal como aquelas que, por diferentes motivos culturais, religiosos ou pessoais, não o assinalam. Optou-se por um cenário neutro para que todos os alunos possam participar em igualdade”.

»Muito bem. E que possam participar em quê, já agora? Que possam festejar em “igualdade” olhando todos juntos para as paredes nuas de todos os dias? Festejar o quê, se não há cantigas ou histórias? Pergunto mais: houve assim tantos pedidos de diferentes religiões para que a escola matasse o Natal? Ou
foi sobretudo esta autocensura politicamente correcta que se propaga pelo ar em labaredas? Que necessidade é esta de se adiantarem, sem ninguém lhes pedir ou exigir, com esta decisão? Isto é simpatia e respeito pela “diferença” ou é subserviência oca? Porque se confundem as coisas? Porque se considera que esconder a festa do Natal debaixo do tapete faz parte de um pacote de boas-vindas?»

No geral concordo com RGC. Uma coisa que eu faria de maneira diferente era, em vez de perguntar «Isto é simpatia e respeito pela “diferença” ou é subserviência oca?», perguntar «Isto é simpatia e respeito pela “diferença” ou é intolerância pela diferença?»

A escola é um lugar de encontro e de partilha, é esse uma das essências do acto educativo. Os alunos só se podem encontrar no que partilham. Se não acontecem coisas para partilhar, os alunos não aprendem a partilhar, não aprendem as diferenças, não aprendem a respeitar as diferenças.

O cenário neutro nega o encontro, a escola — ignorante, medrosa ou de sensibilidade distorcida e pervertida — não cumpre o seu papel educativo, de experiência concreta da diversidade, da diferença, da inclusão e da integração.

Há vários anos que a Paulinas Editora publica, ano após ano, um "Calendário Inter-religioso", cada novo ano tem uma nova temática. A temática de 2025 foi "Maternidade nas Religiões". O calendário custa 6 euros (https://www.paulinas.pt/produto/celebracao-do-tempo-2025calendario-inter-religioso/). Eu tenho aprendido muito com este calendário e todos os anos algumas coisas nas aulas faço inspirado nele. Não sei qual é o tema de 2026. O calendário "conta, na edição de 2025, com 11 calendários

religiosos (entre os quais ligados ao Hinduísmo, às Tradições chinesas, ao Judaísmo, ao Budismo, ao Cristianismo (Gregoriano e Juliano), ao Islão e à Fé Bahá’í), além das grelhas com as efemérides religiosas e correspondentes explicações sobre a diversidade calendarística, assim como conteúdos sumariados sobre a história, doutrina, símbolos, textos sagrados de cada religião. O calendário contém ainda: elementares informações cosmológicas dos ciclos solar (equinócios e solstícios) e lunar (fases), mas também os dias nacionais dos países da Comunidade Europeia e as datas celebrativas especialmente indicadas pelas instâncias internacionais (ONU e UNESCO) e nacionais (AIMA e feriados civis e religiosos guardados em Portugal)."

Em vez do deseducativo "neutro", opte-se pelo educativo "todos": celebre-se, em Dezembro, o Natal; celebre-se, quando o momento do ano chegar, o Ano Novo Chinês; celebrem-se, quando os momentos do ano chegarem, as efemérides dos outros credos religiosos e culturais. Isso vai dar muito trabalho? Vai, é claro que vai, mas é esse trabalho que vale a pena! É esse trabalho que promove a tolerância, a aceitação, a partilha, a integração a experiência positiva e reciprocamente enriquecedora da diversidade.

Vamos lá, caros colegas, vamos lá, senhores professores, agarrem a educação a sério! Abram-se ao Mundo, tal como ele é e não o meçam pela visão pequena do mundo que têm dentro das vossas cabeças. Mundividências assim, pequeninas, fechadas, neutras, são especialmente preconceituosas e perigosas. Acabemos com elas.

Acredito que os meus colegas da escola de que fala RGC vão dar a volta por cima. E também os colegas de outras escolas que tenham tido comportamentos "celebrativos" e "neutros" idênticos.

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sábado, dezembro 20, 2025

#TOLERÂNCIA356 - QUE VENÇA A TOLERÂNCIA, A JUSTIÇA, E A SOLIDARIEDADE

#TOLERÂNCIA356 - QUE VENÇA A TOLERÂNCIA, A JUSTIÇA, E A SOLIDARIEDADE

Não gosto de Alexandra Leitão. Simplesmente, detestei a arrogância, prepotência, sobranceria e, sobretudo, as injustiças que cometeu com os professores enquanto foi Secretária de Estado Adjunta e da Educação no XXI Governo Constitucional entre 2015 e 2019, governo liderado por António Costa que também não gostava dos professores e também os tratou mal. Lembram-se de que ele ameaçou demitir-se se os outros partidos, nomeadamente os outros da Geringonça, aprovassem normas favoráveis à recuperação do tempo de serviço dos professores?

Foi tolerantemente que li o texto de despedida que a senhora escreveu na edição desta semana do

Expresso. Curiosamente, nele fala de tolerância — valor de que a senhora secretária de estado não deu mostras de possuir e usar.

Reconheço entre ela e mim um ideário político de Esquerda (já o disse várias vezes, o PS foi o meu limite, pela Direita, em qualquer votação nacional e europeia) — e tomo consciência de que isso me dá satisfação, se calhar, porque os ideários da Direita Liberal, Neo-liberal e de Extrema-Direita dominam e arrasam na avidez de apropriação de recursos e rendimentos tudo o poderia e deveria ser de jeito mais solidário, com repartição mais justa de tais recursos e rendimentos.

Por outro lado, os textos de despedida são geralmente tocados por uma emotividade especial e as pessoas confessam valores que, contudo, enquanto estiveram activas, não pugnaram como agora, no escrito derradeiro, dizem sempre terem defendido.

Vamos, então, à transcrição da minha leitura tolerante de um texto algo confessional em que a autora fala de tolerância. Tem por título "Até sempre".

«Na última crónica do ano de 2025 e também a última que escrevo nestas páginas, não poderia deixar de fazer um curtíssimo balanço do ano que agora acaba e deixar também votos para o ano de 2026.

»2025 foi um ano intenso, com duas eleições em Portugal (duas e meia, se contarmos com as presidenciais que já vão adiantadas), e no mundo sentem-se as consequências dos resultados das várias eleições que ocorreram em 2024, sendo claro que a vitória de Trump nos Estados Unidos da América (EUA) tem um impacto muito negativo a vários níveis.

»Vivemos hoje num mundo menos tolerante, menos humanista, menos solidário, menos pluralista e menos democrático.

»A guerra que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia não parece próxima do fim e, muito por causa da intervenção dos EUA no processo, o infractor pode sair beneficiado. Em Gaza o genocídio continua. Os EUA parecem ter voltado à doutrina Monroe e considerar a Europa qualquer coisa entre um parceiro menor e um inimigo declarado.

»Em Portugal, a extrema-direita continuou a crescer e as suas ideias parecem contaminar a direita tradicional.

»Neste panorama, tivemos uma boa notícia esta semana com a decisão do Tribunal Constitucional que considerou inconstitucional, quase sempre por unanimidade, várias normas da Lei da Nacionalidade e a alteração ao Código Penal, que previa a possibilidade de perda da nacionalidade pela prática de certos crimes.

»A verdade é que o actual Governo parece apostado em governar contra a Constituição: foi assim na primeira versão da lei dos estrangeiros, em Agosto deste ano, e se o Governo porfiar na reforma laboral que anunciou também aí haverá seguramente inconstitucionalidades.

»Neste contexto, as futuras eleições dos juízes do Tribunal Constitucional e do provedor de Justiça no próximo ano afiguram-se decisivas para proteger o Estado de direito e o regime democrático consagrado na Constituição de 1976.

»O ciclo que vivemos é hostil para as ideias progressistas e pluralistas, descartadas sempre como "radicais”. Nesse contexto, o que modestamente desejo para 2026 é que não haja mais retrocessos nos direitos dos cidadãos, independentemente da sua origem, e que vença a tolerância, a justiça e a
solidariedade.

»Despeço-me agradecendo a todos os que durante três anos dedicaram algum tempo a ler o que fui escrevendo nesta coluna, concordando ou discordando. [Nestes 2 anos, eu nunca li qualquer texto de Alexandra Leitão, só mesmo este.] Agradeço também à Direcção do Expresso pelo convite para esta colaboração que agora termina.

»A todos muito obrigada e até sempre.»

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sexta-feira, dezembro 19, 2025

#TOLERÂNCIA355 - FICA A APETECER-ME VOLTAR JÁ À RUA DO BENFORMOSO

 #TOLERÂNCIA355 - FICA A APETECER-ME VOLTAR JÁ À RUA DO BENFORMOSO

O Público tem hoje, na página 12, uma notícia com este título: "O Benformoso esconde cicatrizes. “As pessoas fecharam-se por receio”; e sendo o subtítulo assim: "Há um ano, dezenas de pessoas de muitos países foram imobilizadas, encostadas à parede e revistadas numa operação policial que deixou marcas. Desde então, a sua situação piorou" O texto é da jornalista Ana Dias Cordeiro.

Pois, as acções públicas dos órgãos de poder não são inócuas.

A certa altura a gente lê assim: «“As regras mudaram” - “Muitas pessoas deixaram de vir. E as que vêm, não é com a mesma abertura”, diz Sohel Mia, recordando as noites, no seu restaurante, em volta de uma chávena de chá. “Primeiro porque desde Junho de 2024, há menos pessoas a entrar neste país.

»Mudaram-se as políticas [da imigração]. E depois porque, a partir de Dezembro, as pessoas começaram a sentir-se hostilizadas.” A hostilidade que se revelou perante elas nesse dia, 19 de Dezembro de 2024, há precisamente um ano, na Rua do Benformoso, ficou para sempre associada a este local. A acção policial obrigou a fechar a rua. A operação denominada Portugal Sempre Seguro, e coordenada pelo Sistema de Segurança Interna, tinha sido lançada a partir de Novembro desse ano. O que as pessoas imobilizadas e revistadas não sabiam — e, segundo Cláudia Pinto, da Associação Renovar a Mouraria, “ainda hoje não percebem por que aconteceu” — é que elas eram o alvo da suspeita que rapidamente viram extravasar para a esfera colectiva. Aos olhos de todos, eram suspeitos.

»“Desde essa altura, não há mês que as pessoas não sejam fiscalizadas”, diz Sohel Mia. “A polícia quer verificar se têm os documentos em dia. Eu nunca tinha visto uma coisa assim.”

»As ofensas no espaço público passaram a ser toleradas desde que os alvos sejam imigrantes e abriu-se
um espaço a insultos visando directamente comunidades estrangeiras, sustenta o homem de negócios de 45 anos, com um curso superior tirado na Dinamarca.

»“As regras mudaram. Como é possível um partido, o Chega, colocar aqueles cartazes a mandar-nos para a nossa terra? Portugal continua a ser um lugar bom, mas o sistema mudou muito para mim. As pessoas que vieram do Bangladesh estão a contribuir com o seu trabalho, os seus descontos e os seus

impostos para a economia de Portugal. Sem imigrantes a economia não vai crescer da mesma maneira. Porquê atingir as pessoas do Bangladesh? Porquê atingir o nosso país? Fazer isto é ser racista. Isto repugna-nos, e magoa-nos muito.”»

Dar um testemunho sincero não significa automaticamente ter razão. Por isso o diálogo e a tolerância são tão importantes. Também o acolhimento e a clareza das leis; e a burocracia, q.b. É fácil estigmatizar, desfazê-lo é bem mais complicado. Educar, deseducar, recomeçar de onde for preciso.

Mais uma vez se lembra que tolerar não é aceitar. Por isso é tão importante, como fui dizendo lá para trás, discutir e clarificar os conceitos, os seus limites e as implicações ao nível dos comportamentos.

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